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Fica

Fica

Sempre gostei de me ver como alguém assente na terra, quero eu dizer, alguém que nunca se deixaria levar numa ilusão, alguém que saberia o que queria, com quem queria, como queria, enfim, seguro de si mesmo, até que algo tão simples contudo tão complexo como uma pequena chama que se acendeu no meu peito me devorou tudo o que considerava importante, e de repente, sem que a vida ou o destino me dessem aviso de tal, senti a chama a crescer de dia para dia, muitos dos que leem este texto neste preciso momento sabem exatamente do que falo por esta altura, sim isso mesmo, apaixonei-me, esta palavra tinha na altura tanto de estranho como de impensável porque não era meu hábito lutar pelo amor, acho que não saberia sequer por onde começar a lutar por alguém porque nunca o fizera, até que a chama ficou de tal maneira intensa que já se refletia o brilho dela nos meu olhos quando a via, quando tocava no corpo dela, quando beijava a pele dela, desejando sempre tocar aqueles lábios, amador como era neste assunto, escondi, e como me arrependo hoje de ter escondido o que sentia, mas escondi, escondi como uma criança tenta desesperadamente esconder uma asneira da sua mãe, sentia-me até bem por conseguir de dia para dia não lhe dizer que a amava e que com ela queria tudo, dentro estava escondido o sentimento, mas sempre perto estava a esperança de um dia revelar o que sentia e ver nos olhos dela a mesma chama, até que a saudade, a ansiedade, enfim, o querer mais me fez falar tudo, sentia cada batimento do meu coração a acompanhar cada palavra do que lhe dizia, até que, como que se os meus olhos se apagassem na falta de sentimento dos olhos dela, a minha chama perdeu a vida, perdeu o brilho, a minha chama simplesmente morreu e desapareceu, aí sim percebi que era tarde demais, percebi que escondi durante demasiado tempo, que era tarde demais...perdi-a...